Policlínica será inaugurada com acusado de crimes de corrupção em seu comando, no interior da Bahia
A Policlínica
Regional será inaugurada nesta semana e a população do extremo
sul da Bahia (especialmente os moradores de Eunápolis e Porto Seguro), está sem
compreender o motivo do traquino prefeito de Santa Cruz Cabrália, Agnelo Santos
(PSD), permanecer sendo seu dirigente maior e a pessoa que estará no controle
das chaves dos cofres do consórcio que administrará a unidade médica de
alta e média complexidade, cujos financiamentos dos serviços são de exclusiva
responsabilidade do governo estadual.
A eleição de Agnelo
para comandar a Policlínica pode ter sido apenas mais uma jogada do grupo a que
pertence, com finalidades incompreensíveis para a população. A eleição, que
deveria ocorrer no decorrer desse ano, com a participação dos prefeitos regionais
eleitos, foi feita no final do ano passado, sob manipulação clara o ex-prefeito
de Eunápolis, quando percebeu a sua derrota e da sua esposa, nas cidades
de Eunápolis e Porto Seguro, onde eram mandatários. Uma jogada ardilosa de
última hora.
Agnelo foi apontado
pela Polícia Federal como integrante de um grupo que cometia crimes contra o
erário público, na chamada Operação Fraternos, onde foram desviados, segundo a
PF, mais de 200 milhões de reais.
Na Operação
Fraternos, foram apontados o ex-prefeito de Eunápolis, Robério, a ex-prefeita
de Porto Seguro, Cláudia (esposa de Robério) e Agnelo, prefeito de Sta. Cruz
Cabrália (irmão de Claudia).
Isso já é motivo
mais que suficiente para não se permitir que uma pessoa assim administre
qualquer órgão ou instituição pública/financeira. Agnelo está como prefeito de
Cabrália, sub judice.
Estes fatos são suficientes para demonstrar, que seria muita
irresponsabilidade da Prefeita de Eunápolis, Cordélia Torres (DEM), confiar no
prefeito de Cabrália, para administrar os mais de dois milhões de reais anuais
do povo eunapolitano.
Cordélia não aderiu ao rateio do Consórcio Interfederativo de Saúde da
Costa do Descobrimento, para não submeter o dinheiro público de Eunápolis, à
vulnerabilidade de desperdício, financiamento de aparelhamento partidário e/ou
outras coisas que nem é bom pensar.
A Constituição Federal obriga todas unidades de saúde no Brasil, a
atenderem pacientes necessitados de tratamentos médicos e os serviços de alta e
média complexidade, são de responsabilidade do Estado; estes fatos, por si só,
obrigarão a Policlínica atender os eunapolitanos.
O maior absurdo é que Eunápolis já
possui uma Policlínica Municipal, que é equipada com os mais modernos
equipamentos de saúde para exames, diagnósticos e com a qual investe recursos
em percentuais iguais ao que estão sendo exigidos para a adesão da cidade, a
uma unidade médica, que deve ser financiada pelo Estado e não por municípios,
que estão com dificuldades enormes para assumir seus encargos com o dever de
cuidar da atenção básica.
Nada justifica a população eunapolitana
ter o dinheiro da Prefeitura sendo usado sob suspeita.
O prefeito de Porto Seguro, Jânio Natal,
também não aderiu ao Consórcio.
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