Identidade das irmãs que
vieram do interior de Minas Gerais para Santa Catarina foi revelada; elas
contam como estão se sentindo pós cirurgia
As gêmeas Mayla e
Sofia, de 19 anos, que são transexuais, vieram do interior de Minas Gerais para
Santa Catarina para realizar um sonho em comum, as duas passaram pela cirurgia de redesignação sexual, popularmente
conhecida como “mudança de sexo”.
O procedimento raro
em todo o mundo ocorreu na última quarta-feira (10), no Hospital Santo Antônio,
em Blumenau. A cirurgia demanda alta tecnologia e repercutiu em todo o
país, principalmente por ter sido feito em duas irmãs gêmeas tão jovens.
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Agora, Sofia e Mayla
decidiram revelar suas identidades, quem apresentou a duas foi o
jornalista Alex Ferrer, que através de suas redes sociais, mostrou como
foi acompanhar de perto a cirurgia das duas.
As irmãs já
discutiam a transição do masculino para o feminino desde antes da maioridade,
ambas começaram o tratamento hormonal com anticoncepcional por volta dos 15
anos. Para elas, a cirurgia é a realização de um sonho que as tornará
completas, sem o órgão genital masculino.
“Me sinto realizada,
liberta. Foi tudo com a permissão de Deus, desde os meus 3 anos de idade eu
peço para Deus me transformar em uma menina e creio que ele nos abençoou até
aqui”, conta Mayla.
As duas precisaram
vender uma casa, que era fonte de renda para a família, para conseguir fazer a
cirurgia. “Meus pais sempre entenderam e nos apoiaram, nós somos mulheres, mas
nascemos no corpo errado, agora estamos livres”, finalizou Mayla.
Como foram os procedimentos
Mayla passou pela
cirurgia na quarta-feira (10). O procedimento durou cinco horas. Sofia passou
pela operação na quinta (11). As duas permanecem em observação no hospital e
devem ter alta nos próximos dias.
A operação foi
realizada pelos médicos José Carlos Martins Junior e Cláudio Eduardo de Souza,
que comandam o Transgender Center Brazil, clínica com sede em Blumenau
especializada em cirurgia trans e feminização facial. O estabelecimento é o
único especializado neste tipo de operação no Brasil.
A dupla, que atende
no Brasil e no exterior, Já realizou cerca de 400 cirurgias de transição de
gênero desde a inauguração, em 2015. Os dois foram responsáveis pelo atendimento à modelo trans Alice Felis, agredida no Rio de Janeiro, em 2020, e deram para ela todo o tratamento das fraturas e a
feminização facial.
Juntos, os médicos
realizaram a primeira cirurgia de redesignação sexual de Santa Catarina e
transformaram a clínica na única instituição privada do país a realizar
qualquer cirurgia de transição – de masculino para feminino e feminino para
masculino.
MATÉRIA E FOTOS DO SITE NDMAIS
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