O secretário de
Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, foi afastado do cargo por um ano.
Além disso, ele está proibido de frequentar as dependências da pasta e de
manter contato com funcionários do órgão.
As medidas foram
determinadas pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Og Fernandes,
no âmbito das 6ª e 7ª fases da Operação Faroeste, deflagradas nesta
segunda-feira pela Polícia Federal. Barbosa é alvo de mandados de busca e
apreensão nesta manhã (veja aqui). A casa e o gabinete dele na SSP receberam a
visita de seus colegas de corporação - o secretário é delegado licenciado da PF.
Além de Barbosa,
também foi afastada das funções a delegada Gabriela Macedo, chefe de gabinete
do secretário. Ela é suspeita de vazar informações sigilosas antes de operações
policiais que tinham como alvos investigados na Faroeste. Um dos beneficiados por
ela foi o quase cônsul da Guiné-Bissau Adailton Maturino, considerado chefe do
esquema de venda de sentenças no Judiciário baiano, desbaratado pela Faroeste.
Além disso, Gabriela seria responsável pelo transporte de jóias de Carlos
Rodeiro, também alvo dos investigados.
Gabriela Macedo e Carlos Rodeiro | Foto: Reprodução / Valterio Pacheco
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Conhecido da alta sociedade baiana, o joalheiro é suspeito de auxiliar a
ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, desembargadora Maria do Socorro
Barreto Santiago, no crime de lavagem de dinheiro, por meio da venda de joias
para ela.
NOVAS FASES
A Faroeste apura
nestas novas fases se Barbosa e Gabriela atuariam na "blindagem
institucional" do esquema de venda de sentenças para tentar proteger
investigados. O objetivo é a desarticulação de possível esquema criminoso
voltado à venda de decisões judiciais por juízes e desembargadores do Tribunal
de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA).
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