A morte de uma
adolescente de 13 anos de idade, que era conhecida como Keron Ravach, chocou a
cidade de Camocim, distante 457 km de Fortaleza. A estudante foi espancada
até a morte, atingida com pauladas e socos. Amigos relatam que Keron era
tímida, mas tinha o sonho de ser conhecida e se tornar uma digital influencer.
Ela estava passando por um processo de transição de gênero.
Keron foi morta na
madrugada de segunda-feira, 4. O principal suspeito, um adolescente de 17 anos,
foi apreendido. De acordo com o titular da Delegacia de Camocim, delegado
Herbert Ponte, o garoto confessa o crime e afirma que se encontrou com a vítima
para fazer um programa sexual. No entanto, houve um desentendimento quanto
ao pagamento dos valores e ele matou a menina. As agressões foram a facadas,
pauladas, socos e chutes.
O amigo Ray
Fontenelle conta que Keron era tímida, mas se soltava quando estava entre
os colegas. "Humilde e cheia de sonhos. Era querida por todos e amava
dançar. Queria ser conhecida, digital influencer, fazer vídeos dançando. Era
muito prestativa", disse. Ray afirma que não acredita na versão do
adolescente de 17 anos, de que estaria em um programa sexual com a vítima.
"Não acreditei em nada de oferecer grana por sexo. Ela era muito
humilde", afirma.
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal |
Beatriz Chaves faz parte do Fórum Nacional de Travestis e
Transexuais, Negras e Negros e é coordenadora da Região Norte no Ceará. Ela
afirma que o crime foi bárbaro e deixou a cidade chocada. "Aqui é uma
cidade pacata, aí a gente acorda com uma notícia dessas. Um absurdo feito com
uma pessoa LGBTQ em transição (de gênero), e que era praticamente
uma criança. Não tinha passagens pela Polícia", relata.
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