Durante conversa com
apoiadores nesta segunda-feira (28/6), o presidente Jair
Bolsonaro (sem partido) disparou críticas aos senadores Omar Aziz
(PSD-AM), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Renan Calheiros (MDB-AL), respectivos
presidente, vice-presidente e relator da Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) da Covid.
A um simpatizante que
chamou os senadores de “três patetas”, Bolsonaro respondeu: “Não, eles não são
patetas, são bastante espertos. Sabem o que querem. Eles querem é o Brasil como
era antigamente e viver na impunidade. Então, eles estão fazendo a coisa para
eles bastante certo. Eles estão de parabéns para os objetivos deles”.
O presidente também
fez críticas ao sistema de votação eletrônico e voltou a falar na possibilidade
de fraude no pleito de 2022.
“Tiraram o cara da
cadeia, tornaram elegível para ser presidente na fraude. E a fraude é com esse
sistema de votação que está aí. Então, você pode ver as articulações para que
não haja o voto impresso. Agora, a fraude não vai ser só com o presidente, vai
ser para governador, senador, deputado… É isso que vai acontecer.”
A Câmara dos
Deputados debate uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para instituir
o voto impresso. A proposta é defendida pelo mandatário, que falou que
houve fraude na eleição que o alçou à Presidência da República.
Acompanhando o
presidente, a deputada Bia Kicis (PSL-DF), presidente da Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ), afirmou que o relatório à PEC do voto impresso
será lido nesta segunda.
Covaxin
Questionado sobre
críticos que começaram a pedir impeachment depois de denúncias de
irregularidades na aquisição da Covaxin, Bolsonaro afirmou:
“Inventaram a
corrupção virtual, né? Não recebemos uma dose, não pagamos um centavo, mas
emendas para Covaxin vieram deles, do Randolfe como relator, do irmão do Renan
e do próprio Omar Aziz”.
Em entrevista ao
jornal Folha de S.Paulo, o deputado Luis Miranda (DEM-DF), que
apresentou as denúncias à CPI, disse que seu irmão, Luis Ricardo Miranda, que
coordena a área de importação de insumos no Ministério da Saúde, vê indícios de
operação “100% fradulenta” na compra de testes para diagnóstico da Covid-19.
Luis Miranda e o
irmão depuseram à CPI da Covid na última sexta-feira (25/6). Na ocasião, o
deputado afirmou que o líder do Governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR),
foi mencionado pelo presidente Bolsonaro como possível envolvido em
esquema, ao ouvir denúncia sobre os supostos problemas no contrato da
vacina. Barros nega envolvimento.
A conversa de
Bolsonaro com apoiadores foi registrada por um canal no
YouTube simpático ao presidente.
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