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Por
que o crime do desaparecimento de Clébia permanece sem sinais e ações de busca
de solução! A quem interessa essa impunidade!
Tarde de
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011. A estudante Clébia Lisboa, então com 33
anos, saiu da kitnet onde morava, no bairro Pontalzinho, centro de Itabuna. Ela
planejava comprar um par de sandálias para usar na praia, no réveillon, em
Ilhéus, onde passaria com amigos. Mas os planos da jovem foram bruscamente
interrompidos em algum lugar. Clébia cursava
Administração na Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) de Itabuna. Ela
também passou pelo quadro de funcionários da extinta sucursal do Jornal A
Tarde.
Sem corpo, sem
notícias, sem solução. O caso caminha, a passos lentos, para o rol dos possíveis
crimes insolúveis. Para a família, só restaram dor e revolta. O pai de Clébia,
Crispiniano Lisboa, por várias vezes, concedeu entrevista ao Diário Bahia. O
último contato dele com nossa redação, inclusive, aconteceu quase um ano atrás,
próximo ao "aniversário" de um ano de sumiço da filha.
"Colocaram uma pedra em cima do caso, assim como tantos de outras jovens
que desapareceram e ficou por isso mesmo. Eu sinto vergonha dessa
Justiça", desabafou, na época, Crispiniano.
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Na ocasião, o
inquérito tinha sido reaberto e estava à disposição do Ministério Público. Um
taxista teria sido a última pessoa a estar com a moça. O homem, em depoimento,
contou que tinha deixado Clébia na praça do bairro São Caetano. O fato foi
confirmado através do circuito de câmeras de uma farmácia, que registrou
imagens da jovem até ela sumir na rua.
LUGAR NENHUM - Anos já se passaram desde que a moça sumiu e o mistério continua. Nada de novo
foi acrescentado ao inquérito. As investigações não chegaram a ninguém, nem a
lugar nenhum. E as perguntas são as mesmas: "para onde foi Clébia?"
"O que aconteceu com ela?", "quem teria interesse em sua
morte?", "ela realmente está morta?" "e se estiver, onde
está o corpo?". Para a polícia, questionamentos mesclados com a falta de
pistas.
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Para a família, o
vazio na ceia de Natal, a ausência do sorriso e dos afagos de uma filha tida
como super carinhosa, misturados à dor de olhar e não enxergar nada além de
lembranças.
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