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Gratidão é uma palavra quase sagrada que não deve ser usada em vão




Era uma vez, num reino tão, tão, tão, mas tão distante que fica impossível referenciar um ponto no mapa. Naquele reino, um rei e um rainha governavam com mãos de ferro sem delegar poderes a ninguém. Nada era feito sem a aprovação direta dos dois.

 

Um súdito para falar com o rei tinha que cumprir uma dolorosa penitência, que as vezes durava meses e quando chegava o dia tão esperado, o súdito era humilhado com uma espera pavorosa, que durava horas. Quando enfim o súdito conseguia falar com o rei e lembrar das promessas não cumpridas, uma nova promessa era feita e o súdito voltava pra casa, cabisbaixo, desesperançoso e, na maioria das vezes, cheio de ódio.

 

 Foto: Engin Akyurt/Pexels

O rei, com sua bunda grande e gorda, resfestelado em suas confortáveis poltronas, não se dava ao luxo de ver ou ouvir o que “rolava” nas ruas e guetos e, nenhum dos súditos tinha coragem de falar sobre o problema, com medo do castigo. O rei, além de ganancioso, era muito rancoroso e todos temiam isso.


Em seus discursos, rei e rainha falavam muito de gratidão, sob o olhar atônito de todos, que não tinham coragem de contestar. Gratidão é uma palavra quase sagrada que não deve ser usada em vão, porque é quase uma blasfêmia expressá-la em vão.

 

O rei e a rainha acreditavam muito que permaneceriam no poder, sem perceber que o futuro deles já estava sendo escrito pelo povo cansado, mas determinado a entregar o poder a outro, que, com certeza, iria fazer igual ao antecessor...

 

Essa é uma das histórias do mundo, envolta num círculo vicioso, onde ricos ficam mais ricos e os pobres, muito, mas muito mais lascados. O mundo, jamais de renovará, sendo para sempre, o entedioso velho mundo.

 

Essa é apenas uma estória de ficção e qualquer semelhança com pessoas ou fatos, nada mais é que uma incrível coincidêndia.

 

Por Samuel Bandeira

Foto de Егор Белов / Pexels



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