O investimento realça novo ciclo virtuoso para a economia
da região
“Esse investimento é fundamental para o desenvolvimento
econômico do Sul, Sudoeste, Extremo-Sul, norte de Minas e do Espírito Santo, e
por significar a abertura de um novo ciclo virtuoso de desenvolvimento, gerar
empregos e receitas para Itabuna e para a Bahia”. A declaração é do prefeito
Augusto Castro (PSD).
O prefeito participou ao meio-dia de hoje, dia 13, no
Centro Industrial de Itabuna da solenidade de lançamento da “pedra fundamental”
da unidade de processamento e da expansão do fornecimento de gás natural da
parceria GNLink, Petrobahia e Bahiagás. O projeto terá investimentos de pouco
mais de R$ 155,9 milhões visando a construção e operação de unidade de
distribuição de Gás Natural Liquefeito (GNL) e Gás Natural Comprimido (GNC).
Augusto agradeceu o empenho dos secretários municipais
envolvidos no projeto, cujas tratativas foram iniciadas em agosto passado e
resultaram no evento de hoje. Segundo ele, a chegada da unidade, além da
interiorização do gás natural num momento em que o mundo debate a
descarbonização da produção energética e da economia, significa avanços na
ampliação do ambiente de negócios da cidade.
“Itabuna é pujante, tem boa localização geográfica e a há anos concentrava
bases (city-gate) da Transpetro, Bahiagás e Petrobahia, com combustíveis e gás
natural, gerando receitas e dividendos para além de nossas fronteiras”,
afirmou. “Quero dizer que este investimento e o projeto de expansão são
fundamentais para o desenvolvimento do interior do estado”, acrescentou.
O presidente da GNLink, Marcelo Rodrigues, disse que os
investimentos são importantes porque o projeto pretende levar gás às regiões da
Bahia onde ainda não tem. “E uma unidade de processamento de gás baiano da
Bahiagás que vamos comprimir, liquefazer e levá-lo em caminhões até municípios
a mil quilômetros de distância. Então, diria que Itabuna passa a ser hub de
suprimento de gás liquefeito no interior do estado”, disse.
Segundo ele, o gás natural é produto de início do processo
de transição energética de uma empresa que usa óleo combustível, GLP ou diesel.
“O GNL é menos poluente do que esse tipo de combustível. Há grandes empresas,
como uma planta de Brumado, por exemplo, que ao promover a substituição de óleo
por gás natural vai reduzir cerca de quatro mil toneladas por mês de emissão de
CO²”.
O CO² (dióxido de carbono) também conhecido como gás
carbônico, é um composto químico gasoso que tem um papel significativo no
efeito estufa e nos desequilíbrios climáticos do planeta Terra. Aliás, COP 28 –
28ª Conferência de Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU),
que se encerrou na terça-feira, dia 12, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos,
teve como finalidade limitar a elevação da temperatura do planeta a 1,5°C, até
2050.
Para o presidente da Petrobahia, Tiago Andrade, declarou que a empresa há 13
anos investe em gás natural, tendo sido pioneira na descarbonização da matriz
energética. “Essa parceria com a GNLink e Bahiagás vai possibilitar que
possamos atender toda a Bahia, a partir de um hub de energia de baixo carbono
em Itabuna.
Então, o mundo caminha para combustíveis de baixa emissão,
renováveis ou não, e o GNL entra como mais uma opção capturando essa
oportunidade”, acrescentou.
O executivo disse que o Projeto da Petrobahia e empresas
parceiras faz parte da agenda ESG, sigla em inglês que representa a
sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa nas empresas, um
compromisso a mais do que apenas evitar a deterioração dos recursos naturais.
“Faz parte de nossa agenda ESG, voltada a área socioambiental”, realçou.
“Mas o nosso projeto vai levar desenvolvimento econômico e
social e solução de baixo carbono para as rodovias, capturando a transição para
veículos leves, carretas e caminhões. A ideia é ter um posto Petrobahia a cada
300km permitindo que um veículo saia do Extremo-Sul, atravesse todo o Estado e
chegue ao Nordeste com gás natural”, relatou.
Já o gerente comercial da Bahiagas, Elismar Correia, disse
que o investimento na unidade de processamento vai ajudar na transição
energética. “A Bahiagas tem o prazer de vender essa molécula sabendo que esse
gás tem alta competitividade econômica para atração de novos negócios e abrir
novos mercados. A empresa tem o pioneirismo de acreditar na região e no
desenvolvimento industrial de Itabuna e Ilhéus”, afirmou.
Na unidade de processamento e da expansão do fornecimento
de gás natural de Itabuna os investimentos são de cerca de R$ 155,9 milhões,
com R$ 125 milhões da GNLink, R$ 30 milhões da Petrobahia e R$ 900 mil da
Bahiagás. Mas estimativas preveem alcançar até R$ 300 milhões nos dois primeiros
anos.
A solenidade teve a participação do Agente de
Desenvolvimento Econômico de Itabuna, José Raimundo Araújo, o presidente da
Associação Comercial e Empresarial de Itabuna (ACI), Valdino Cunha, o
secretário de Desenvolvimento Econômico de Ilhéus, Marcos Rehem, os secretários
municipais de Indústria, Comércio, Emprego e Renda, Mauro Ribeiro, Governo,
Rosivaldo Pinheiro, Infraestrutura e Urbanismo, Sônia Fontes, e de Relações
Institucionais e Comunicação, Thiago Barra, empresários e técnicos.
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