Com intensa participação
dos servidores da educação e da sociedade, a live desta quinta-feira, 03/09/2020,
da pré-candidata a prefeita de Eunápolis, Cordélia Torres, teve como destaque o
corajoso relato das professoras Fátima Rocha e Dádiva Ferraz. Elas revelaram o
tratamento indigno, desrespeitoso e injustificável que a classe vem recebendo
do prefeito de Eunápolis.
O chamado “Decreto da
Morte” foi exposto pelos participantes e revelou o desrespeito que a atual
gestão tem pelos eunapolitanos em um momento tão delicado. “Precisamos entender
a razão que levou o prefeito a agir dessa forma, sobretudo em um momento de
pandemia, que requer nosso acolhimento, apoio. O que a gente vê é um ato
desumano, de desrespeito”, afirma Cordélia.
A professora Fátima Rocha,
demitida pelo decreto do atual prefeito, denuncia diversos abusos que os
profissionais sofreram. Entre eles está o valor exorbitante para a realização
de exames ao assumirem um cargo com prazo de apenas um ano, a necessidade que
eles estão passando após a rescisão do contrato, e a inércia do Ministério
Público diante das denúncias.
“Na verdade é um apelo de
uma seletivada que vem falar em nome de todos os colegas. Esse homem é de
tamanha crueldade que eu desconheço outra pessoa assim", afirma, se
referindo ao atual prefeito Robério Oliveira. Lembrando que o Supremo Tribunal
Federal proibiu qualquer distrato durante a pandemia, Fátima suplica: “Nós
estamos denunciando e pedindo socorro. Por favor, nos ajude!”.
A pré-candidata a prefeita
frisa que o pedido dos profissionais não é por um favor, mas por um direito
adquirido. “Não consigo entender qual a razão da demissão de vocês. Outros
municípios não demitiram ninguém, como Itagimirim, Itabela, Salvador”,
questiona Cordélia.
Dádiva Ferraz, professora
efetivada do município, declara o seu apoio aos demais profissionais da
educação. Ela ainda ressalta o quanto é triste ver os colegas pedindo pelo seu
sustento, pelo alimento. Ainda fez questão de ressaltar o olhar humano e
igualitário com que Cordélia enxerga cada um deles. “Quem não tem
responsabilidade no que faz não tem o olhar. Quem olha só pra si, não vê a
gente. Essa luta é longa, durante todo esse governo”, garante Dádiva. Ela ainda
acrescenta que esteve próxima da atual gestão durante um longo período, mas que
hoje vê o descaso com que a educação é tratada: “Eu defendo direito, causa, pessoas,
e não interesse pessoal”.
A população está indignada
com a atitude da atual gestão e cobra providências. “Não se tira o direito de
um professor, de uma mãe, de um porteiro. Direito é para ser cumprido e não
para ser questionado”, destaca Cordélia. A pré-candidata ainda enfatiza a importância
de valorização da educação hoje. “Eu acredito no poder da educação. A educação
não é futuro, ela é hoje e transforma o amanhã”.
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