Monitoramento do Instituto
AzMina coletou informações de 19 estados do país nos seis primeiros meses de
pandemia
Nos
primeiros seis meses de pandemia, 49 mulheres foram vítimas de feminicídio na
Bahia. Utilizando dados solicitados das secretarias de segurança pública, um
levantamento nacional feito pelo Instituto AzMina apontou que, entre os 19
estados respondentes, a Bahia figurou como o terceiro lugar onde mais mulheres
foram mortas por esse crime, que é motivado pela condição de gênero. Neste
período do monitoramento, 497 mulheres foram assassinadas no país, o
equivalente a uma morte a cada nove horas.
Em
primeiro e segundo lugar, ficaram os estados de São Paulo, com 79 óbitos, e
Minas Gerais, com 64, respectivamente. Dos 26 estados brasileiros, sete não
responderam ao pedido de informação. As unidades da federação que fazem parte
da amostra concentram 94% da população feminina do Brasil. No total, os estados
que estão incluídos no levantamento registraram queda de 6% no número de casos
em comparação com o mesmo período do ano passado.
“Isoladas dentro de suas casas, as mulheres
continuam ou estão ainda mais expostas à violência. Apesar dos dados oficiais
indicarem queda no número de casos, muitos especialistas alertam para a
subnotificação, que, estima-se, seja ainda maior em meio à pandemia, pela
dificuldade de comunicação. Além disso, em alguns casos é difícil obter os
dados de órgãos oficiais”, comenta Helena Bertho, diretora do Instituto
AzMina.
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