O vídeo chegou à polícia
após viralizar nas redes sociais neste fim de semana
Dois homens foram
presos na manhã desta terça-feira (8) suspeitos de filmarem e espancarem um
homem dentro de uma oficina mecânica em Tangará da Serra, a 242 km de
Cuiabá, por uma dívida de R$ 500.
A agressão aconteceu
na quinta-feira (3), mas só chegou até a polícia no sábado (5), após a gravação
viralizar nas redes sociais. A cena foi filmada por outra pessoa, que também
fazia ameaças enquanto gravava, e que foi presa.
Um dos suspeitos,
Gustavo Henrique Nilson Albues, é o que aparece no vídeo agredindo a vítima.
Ele foi preso em um hotel em Cuiabá. O outro rapaz que filmava, Jhony Marlon
Camargo de Souza, foi preso em uma fazenda em Tangará da Serra.
Gustavo chegou a
gravar um vídeo se retratando , se identificando e confirmando que é o jovem
que aparece nas imagens agredindo o trabalhador. Depois disso, fala sobre o
motivo da agressão.
"Realmente foi
por causa de dinheiro. O rapaz da filmagem, que foi prejudicado, não apanhou de
graça, isso todo mundo sabe. Ele apanhou porque fez alguma coisa", afirma
no vídeo. Em seguida, Gustavo admite que errou e pede desculpa.
"Nada justifica
ter feito o que eu fiz, ainda mais ter gravado. Ele (a vítima) não reagiu, mas
não foi porque tinha pessoas armadas, nem nada. Ele pode comprovar isso. Não
tinha ninguém armado, não tinha um monte de gente, foi apenas eu e ele. E ele
não reagiu, porque sabe que estava errado. Mas eu não tenho como justificar um
erro com outro", diz em outro trecho da postagem. A Polícia Civil
investiga o caso.
O caso
O vídeo começou a
viralizar neste fim de semana. Nas imagens, Gustavo aparece bebendo uma cerveja
e dá socos e tapas na vítima, perguntando sobre uma dívida.
Além disso, faz
ameaças e chega a quebrar uma garrafa na cabeça do rapaz. A vítima não reagiu
em nenhum momento.
O delegado Adil
Pinheiro, que acompanha o caso, disse que o inquérito foi instaurado no sábado
(5) e que, caso sejam condenados, os envolvidos podem pegar de dois a oito anos
de prisão.
"Estamos
instaurando um inquérito policial de tortura, tanto pela pessoa que aparece
batendo, agredindo a vítima, quanto pelo que filma", afirma.
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