Governo
afirmou ainda que colocará mais pressão e restrições sobre aqueles que não se
vacinarem contra a Covid-19
O governo da França
anunciou na sexta-feira (17) que as habituais reuniões de Ano Novo e festas de
rua serão proibidas e que colocará mais pressão e restrições sobre aqueles que
não forem vacinados contra a Covid-19. Além disso, o país afirmou que irá
acelerar aplicação de doses de reforço, diante da rápida propagação da variante
Ômicron do coronavírus.
O primeiro-ministro
francês, Jean Castex, pediu aos franceses, ao final de um Conselho de Defesa
organizado pelo presidente Emmanuel Macron, limitarem ao máximo as reuniões e
encontros com muitos participantes neste final de ano. "Quanto menos de nós
houver, menos riscos corremos", declarou o premiê.
Castex, que disse
que a Ômicron poderia ser a variante dominante na França a partir do início de
2022, insistiu em sua mensagem de que a principal arma é a vacinação.
Por essa razão, a
partir de 3 de janeiro, a dose de reforço será permitida para aqueles que
tiveram sua última injeção há quatro meses, ao invés de cinco, como vem
acontecendo.
Castex argumentou
que, com duas doses, a vacina contra a Covid é 60% eficaz contra formas graves
da doença, mas com três essa porcentagem sobe para 90%.
Até agora 17 milhões
de pessoas na França, país com 67 milhões de habitantes, receberam o reforço.
Nos últimos dias, a campanha se acelerou, com um recorde de 950 mil aplicações
hoje, visando uma meta de 25 milhões até o final do ano.
Foco
nos 6 milhões de não vacinados
O primeiro-ministro
deu destaque às 6 milhões de pessoas que não quiseram ser imunizadas, uma
situação que, em sua opinião, "não pode ser tolerada".
"Uma nova onda
de infecções está chegando, em um momento em que os hospitais estão cheios de
pessoas não vacinadas, e os médicos estão sob forte pressão e continuarão a
estar nas próximas semanas" alertou o premiê.
Castex disse que
todo o tempo havia sido dado àqueles franceses que tinham dúvidas, mas agora
isso já não é mais suficiente. No início de janeiro, o governo levará ao
Parlamento um projeto de lei para fazer o certificado sanitário, que na França
é essencial para muitos eventos sociais, como ir a um bar, restaurante, cinema,
show ou estádio, válido somente para aqueles que foram imunizados.
Isto significa que
aqueles que foram submetidos a testes negativos por menos de 72 horas não poderão
mais utilizá-lo. Além disso, as condições de verificação dos certificados serão
mais rigorosas, e a repressão contra os fraudadores será intensificada.
"É inaceitável
que a recusa de alguns milhões de franceses de serem vacinados ponha em perigo
a vida de todo um país e ameace a atividade diária de uma grande maioria que
fez o que tinha que fazer", opinou.
0 Comentários