Como
um cão raivoso, vestindo indumentária tradicional da Bolívia, Lula
permanece com suas bravatas anti-democráticas, que podem ser vistas como criminosas
Uma fala de Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) durante um evento da Central Única dos
Trabalhadores (CUT) gerou forte repercussão entre deputados bolsonaristas -
dois deles chegaram a insinuar que pegariam armas de fogo contra o petista e
seus apoiadores. O ex-presidente defendeu “mapear o endereço” de parlamentares
e se dirigir a esses locais para “incomodar a tranquilidade deles”,
pressionando-os com as demandas dos sindicalistas.
“Fazer ato público na frente do Congresso Nacional não move uma
pestana de um deputado. Quando a gente está dentro do plenário, a gente não
sabe se está chovendo lá fora, se está caindo canivete (...) Deputado tem casa.
Eles moram em uma cidade, nessa cidade tem sindicalista (...) Se a gente
mapeasse o endereço de cada deputado e fossem 50 pessoas até a casa dele, não é
para xingar, mas para conversar com ele, conversar com a mulher dele, com o
filho dele, incomodar a tranquilidade dele. Eu acho que surte muito mais
efeito”, disse o petista.
A divulgação do
discurso de Lula falando sobre a necessidade de se fazer pressão popular em
frente às casas dos deputados, fez o deputado estadual Coronel Telhada (PP), de
São Paulo, reagir nas redes sociais na terça-feira (5/4).
Vai lá em casa, Lula. Você e seu bando.
— Coronel Telhada ⭐️⭐️⭐️ (@coroneltelhada) April 5, 2022
Estarei te esperando… pic.twitter.com/tlg8PR2mxe
A declaração desencadeou uma onda de publicações contrárias à sugestão de Lula nas redes sociais. O deputado Junio Amaral (PL-MG) publicou um vídeo empunhando um revólver e disse, ironicamente, que iria aguardar a “turma” do petista chegar em sua casa. “Serão muito bem-vindos”, disse ele, enquanto carregava uma arma de fogo com munição.
A deputada Carla
Zambelli (PL-SP) afirmou que, em sua casa, vigora a “legítima defesa”. Segundo
ela, os militantes da esquerda “sempre foram muito violentos”, citando
episódios em que grupos invadiram a Bolsa de Valores e igrejas. “Meu lar é
inviolável, minha família é sagrada. Então, digo uma coisa para vocês: na minha
casa tem pistola”, disse Carla Zambelli.
Ela completou,
dirigindo-se à mãe, que aparece no fundo do vídeo: “Olha, mãe, se vier
vagabundo aqui, a senhora está autorizada a pegar a pistola e meter chumbo”. A
deputada prometeu denunciar o ex-presidente no Ministério Público por suposta
incitação ao crime.
O deputado federal Marcel
van Hattem (Novo-RS) chamou de “criminosa” a declaração de Lula. Ele cobrou reação
do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o episódio. “Também me questiono se,
nesse caso, o ministro Alexandre de Moraes pedirá a prisão do ex-presidiário
Lula por essa ameaça ao Parlamento”, afirmou. O deputado Luiz Lima (PL-RJ)
comparou Lula ao boliviano Evo Morales e disse: "Se o Bolsonaro falasse o
que o Lula falou …seria massacrado, de ditador, autoritário, pra baixo!".
Dirigente do
Cidadania, Roberto Freire classificou a sugestão do ex-presidente como
"absurda" e "fascista". "Declaração absurda essa de
Lula mandar militantes pressionarem famílias de deputados que por acaso não
sejam do seu agrado. Atitude fascista inadmissível numa democracia", publicou. Por Davi Medeiros.
Creditos da foto:reprodução/twitter/@coroneltelhada e
reprodução/instagram/@lulaoficial
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