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Músicos de Eunápolis reclamam de cachês muito baixos para Vila do Forró

 


 

Não é de hoje que os músicos de Eunápolis, no extremo sul da Bahia, vem passando por perrengues em relação a valores de cachês pagos pela prefeitura da cidade, nos últimos anos, em todas as administrações passadas.

 

Antigamente, Eunápolis era considerada como um celeiro musical, reconhecido até por vários artistas de renome. Entretanto essa fama nunca foi motivo de reconhecimento pelo poder público. Os artistas locais sempre foram desvalorizados, enquanto grandes artistas brasileiros são contratados por cachês exorbitantes, mesmo que merecidos.

 

A Associação dos Músicos do Extremo Sul Baiano (AMEB) reuniu seus associados e gravou um vídeo, solicitando à prefeitura, através do Secretário de Cultura, que reveja seus conceitos sobre a classe, respeitando e reconhecendo os artistas locais, através de cachês mais dignos. A associação também detalha que neste ano, o número de grupos foi drasticamente reduzido em muito mais da metade. 


Nas reuniões que tratam dos festejos juninos municipal, aparentemente a classe artística fica fora dos debates e organizações, sem poder de opinião. Aparentemente a Secretaria de Cultura é autossuficiente e não precisa de opiniões de "quem realmente entende de música".

 

Cada artista leva o nome da cidade em sua mala, por onde vai, mas incrivelmente, na própria cidade, quase sempre é menosprezado e só reconhecido, quando alcança sucesso. Mas como chegar ao sucesso, se não tem apoio de quem deveria dar? Como os músicos podem produzir suas gravações e impulsioná-las, com pouco dinheiro. O São João é só uma vez por ano. É nessa data que os forrozeiros sonham com o apoio que nunca vem. Os cachês oferecidos há vários anos atrás, se atualizados, eram várias vezes superiores aos atuais. 


Eunápolis é uma cidade que de uma maneira geral, não alimenta a cultura. A cidade precisa de espaços culturais que valorizem as artes, de uma maneira geral, incluindo a poesia e a música. É preciso ter programas de calouros, festivais e tudo mais, para incentivar os instrumentistas, cantores e as dezenas de compositores muito talentosos que existem lá. 


O município poderia disponibilizar um espaço apropriado com patrocínio de som, equipamentos, etc, onde os artistas poderiam se apresentar semanalmente e cobrar cachê do público. O detalhe é que a música apresentada ali deveria ser MPB de qualidade, sem a utilização de teclados de ritmos eletrônicos. O forró seria com acordeon e os instrumentos apropriados.






IMAGEM DA CAPA: FREEPIK




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