O vulcão Cumbre
Vieja, localizado no litoral africano, nas Ilhas Canárias, está em "sinal
amarelo" para o risco de uma erupção, que pode gerar um tsunami capaz de
destruir parte do litoral brasileiro e da Bahia. De acordo com especialistas, o
abalo criaria ondas de até 5 metros de altura com imensa força de devastação.
A Comissão
Científica do Plano Especial de Protecção Civil e Atenção a Emergências por
Risco Vulcânico (PEVOLCA), emitiu um comunicado nesta quinta-feira (16) para
reforçar a necessidade de manter a região em alerta, já que o processo se
intensificou nos últimos tempos e a sua evolução pode acontecer
rapidamente.
A última maior
alteração no nível do Cumbre Vieja foi detectada no último sábado (11) e, desde
então, as atividades tectônicas permaneceram no mesmo patamar, o que reforça a
preocupação.
Contudo, o Comitê
ressalta que ainda não há evidências de uma "erupção iminente".
"No caso das
ondas de praia, elas têm um cumprimento de 200 metros, em média, e ocorrem em
intervalos de 10 segundos. No caso do tsunami, o intervalo entre as ondas é de
quilômetros, com isso a força é muito maior. Por isso, até um tsunami de meio
metro já seria o bastante para destruir boa parte do Porto da Barra, por
exemplo", explica o oceanógrafo Carlos Teixeira em entrevista ao Correio.
A definição da
PEVOLCA estabelece quatro cores de risco: amarelo, laranja e vermelho. Em
amarelo, são intensificadas as informações à população, as medidas de
vigilância e monitoramento da atividade vulcânica e sísmica.
Nesse nível, o monitoramento
da atividade é reforçado para comunicar quaisquer mudanças significativas que
sejam observadas. A população deve estar atenta às comunicações das autoridades
competentes na Proteção Civil, através dos canais oficiais e meios de
comunicação.
"Por isso a
necessidade da elaboração de um plano de evacuação para eventos deste tipo. A
ocorrência de tsunamis é improvável, mas não impossível no Brasil. Por não
termos uma preparação adequada, um evento desta natureza poderia ser
catastrófico", acrescenta.
Imagem de Stefan
Keller por Pixabay
0 Comentários